quinta-feira, 1 de março de 2012

João de Deus n'A Bola

Por  Leonel Lopes Gomes

Estamos no último terço do Campeonato, faltam dez jornadas para o final da Liga Orangina. Porque motivo não ficou no Atlético até ao final da época?
- Agora não é importante falarmos sobre isso. A porta nas ligas principais abriu-se através do Atlético. Nos últimos tempos, principalmente no último mês, fui associado a pelo menos três clubes em Portugal e dois no estrangeiro, um no Médio Oriente e outro na Europa. Nunca falei com ninguém, sempre estive de corpo e alma nesta instituição.

Não vai treinar qualquer outra equipa até ao final da época?
- É muito provável que não, porque os campeonatos estão na reta fnal e nesta altura o que desejo é que os meus colegas de profissão consigam chegar ao fim com os seus projetos e cumprir os seus objetivos. Nunca falei com ninguém, sempre estive de corpo e alma nesta instituição, repito. Não há nada de concreto e nem quero falar sobre situações que são merass especulações, que não fazem sentido neste momento.

No dia em que rescendiu com o Atlético, deslocou-se à Tapadinha para se despedir do plantel. O que disse aos jogadores?
- Disse-lhes que há um caminho para continuar e esse percurso a trilhar terá de ser o do sucesso, como foi até aqui. Agradeci aos jogadores porque só se atinge o êxito com um balneário forte e pessoas de caráter. Os jogadores do Atlético são pessoas com muita determinação e uma vontade enorme de aprender e evoluir. Formam um grupo muito homoéneo. Foi tudo isso que esteve na génese do sucesso do Atlético nesta época. Sempre fui muito frontal e direto com os jogadores e tenho uma relação privilegiada com todos eles. Foi uma despedida em grupo, mas também dirigi uma carta a cada um deles. Cada jogador merece reviver os momentos que me proporcionaram.

Abandonou o comando técnico da equipa numa fase importante da temporada. Não teme que o plantel sinta a sua saída?
- Eles, jogadores, com maior ou menor dificuldade, são capazes de ir a jogo e bater-se nesta Liga com qualquer adversário, independentemente de terem uma referência (treinador) ou não. Espero que vençam a partida frente à Naval, porque foi para isso que trabalharam desde o primeiro dia.

Como classifica a relação com o presidente Almeida Antunes e restantes membros da Direção?
 - Quero fazer um agradecimento público à instituição e ao presidente pela oportunidade que me foi dada. Se hoje olham para mim de outra forma é graças ao Atlético e à aposta que o presidente fez. Não podia deixar de transmitir uma palavra que é sentida e especial para os meus adjuntos Carlos Pereira, António Alves e Diogo Pereira e nesta equipa técnica vou incluir um amigo especial, Ademar Hipólito, o diretor desportivo. Juntos conseguimos ultrapassar muitas frustrações em alguns momentos que não foram fáceis. Torneámos dificuldades e adversidades, fomos felizes.

Na hora da despedida, que mensagem deixa aos adeptos?
- Os sócios do Atlético deram mostras de paixão e perseverança. De paixão porque estiveram com a equipa nos bons e também nos maus momentos, que não foram assim tantos. Incentivaram-nos sempre, o que nos deu um conforto muito grande. Em oito meses aprendi o que é o Atlético. É um clube histórico e com mística.

Estágio num grande europeu
Com orgulho no trabalho feito na Tapadinha e já projetando o futuro. A saída do comando técnico do Atlético ainda está em fase de cicatrização mas João de Deus traçou planos para os próximos tempos. "Quero fazer um estágio num grande clube europeu. Tenho uma ideia. Os grandes clubes europeus não têm que ser fora de Portugal. Vou tentar materializar esta minha ideia. O próximo passo é esse", confessou.

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