sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Reportagem no Mais Futebol

Atlético: sucesso com os «restos» dos outros


Líder da Honra tem nove jogadores emprestados por cinco clubes diferentes

Por Ricardo Gouveia

O Atlético Clube de Portugal esteve afastado da ribalta nos últimos trinta anos, desde que entrou em declínio nos anos setenta, arredado dos sucessos das décadas de quarenta e cinquenta, quando chegou a duas finais da Taça de Portugal e conseguiu dois terceiros lugares no campeonato. Voltou a sorrir em 2006/07, quando eliminou o F.C. Porto da Taça de Portugal em pleno Estádio do Dragão e, agora, em Maio quando assegurou o regresso ao futebol profissional. Na presente temporada, está a surpreender tudo e todos, com um treinador jovem e um plantel remodelado com nove jogadores emprestados por cinco clubes diferentes.

A amargura de um histórico longe de casa

«O Benfica tem-nos ajudado, não só com os três jogadores que vieram para aqui, mas tem-nos ajudado de outras formas. Mas o Atlético dá-se bem com toda a gente, também temos um jogador do Sporting, três do V. Guimarães, um do V. Setúbal e outro do Estoril, todos em condições que nos agradam. São jogadores que não cabiam nos respectivos clubes e que aqui têm lugar. É a forma como João de Deus trabalha, consegue-os encaixar aqui. Hoje estou muito mais esperançado do que aqui há um mês», conta o presidente Almeida Antunes.

Do Benfica chegaram os avançados José Coelho e Hélio Vaz e o médio Leandro Pimenta. Do Sporting veio Zezinho, a grande figura da equipa, preso aos leões com uma cláusula de 25 milhões de euros. O V. Guimarães também deu um forte contributo com a cedência de três jogadores. Gonçalo Silva, Marcelo e Vítor Bastos que agora lidera a defesa. A estes juntam-se ainda Silva (V. Setúbal) e o norte-americano Tony Taylor (Estoril).

«Faz-nos falta o cheiro da Tapadinha»

«É um trabalho de muita gente, há muitos rostos invisíveis com cota parte na construção desta equipa», conta João de Deus. Um plantel com apenas cinco estrangeiros, entre os quais se destaca o guarda-redes australiano Caleb, com apenas três golos consentidos nas primeiras nove jornadas. «Já conhecia este guarda-redes há algum tempo, depois o Carlos Pereira, treinador de guarda-redes, deu o aval técnico para ele ficar. Ele já tinha estado em Portugal a prestar provas noutro clube, mas conhecia-o pelos jogos que fez na sua equipa nos Estados Unidos», conta ainda o treinador.

Deus na Tapadinha com a bênção de Jesus

Um plantel irreverente que vai somando pontos ronda após ronda, mesmo sem poder jogar no seu estádio. «Nesta altura, já com um terço do campeonato decorrido, já é uma situação a que nos habituámos. A Reboleira é o nosso talismã porque é onde podemos jogar, só por isso. De qualquer forma, queremos voltar a jogar na nossa casa. Vamos ver se é possível», conta João de Deus.

Para já a casa do Atlético é a Reboleira e é na Amadora que a equipa de Alcântara vai jogar três dos próximos quatro jogos. A expectativa pode crescer ainda mais com o final da primeira volta. «A nossa expectativa é jogar para tentar ganhar. Vamos entrar com o mesmo espírito, com a mesma vontade e determinação para conseguir pontos. Depois, se a sorte nos continuar a acompanhar, estaremos mais próximos de vencer. Não sei se é possível, mas vamos tentar», comenta o treinador.

Um «globetrotter» na Tapadinha com uma «marca fantástica

O presidente Almeida Antunes lamenta não poder jogar na tapadinha, mas por outro lado não esquece que a equipa tem sido feliz na Reboleira. «Sim, tem dado sorte, mas a cada dia que passa, vou-me apercebendo que isto não é fortuito. A base deste sucesso é a relação especial que temos aqui, a união entre todos e o trabalho», referiu

O sucesso do Atlético da Tapadinha, surpreendente líder da Liga de Honra, está associado à chegada de Caleb Patterson-Sewell, guarda-redes norte-americano, que, nas primeiras nove jornadas, consentiu apenas três golos. O clube de Alcântara tem a melhor defesa das ligas profissionais e uma das melhores da Europa. O Maisfutebol foi à procura das motivações deste guarda-redes que jogou na Austrália, Bélgica, Inglaterra e Estados Unidos antes de aterrar em Alcântara. Um verdadeiro «globetrotter» à procura da sorte na Tapadinha.

A amargura de um histórico longe de casa

«Nasci nos Estados Unidos, mas cresci na Austrália, foi lá que comecei a jogar. O meu pai é americano, mas a minha mãe é australiana. Tive uma curta passagem pela Bélgica, quando tinha catorze anos, mas foi por muito pouco tempo, nem conto com isso. Fui para lá porque o meu antigo empresário tinha jogado no Anderlecht», começa por contar o guarda-redes, agora com 24 anos, do alto do seu 1.91m.

De Bruxelas, Caleb rumou a Inglaterra, ainda como dezassete anos. Passou pelas reservas do Sheffield Wednesday e pelos juniores do Liverpool, mas de repente viu as portas da Velha Albion fecharem-se por falta de uma licença de trabalho. Na posse de um passaporte norte-americano, optou por regressar às origens. No «soccer» americano representou sucessivamente o Cleveland City Stars, New York Red Bulls, Carolina RailHawks e o Miami FC.

«Faz-nos falta o cheiro da Tapadinha»

Mas não era a mesma coisa. Caleb ansiava por voltar ao Velho Continente e sonhava jogar ao mais alto nível. «Quis sempre voltar para a Europa. Falei com amigos, passei a ter uma ligação com o empresário Filipe Dias e surgiu uma primeira oportunidade para vir para Portugal em Novembro do ano passado. Não resultou, mas não desisti. Também tentei alguns clubes da Liga, mas aconselharam-me a vir para o Atlético, disseram-me que era o melhor clube para mim», recordou.

Na Tapadinha, apesar das modestas condições que o clube lhe oferece, Caleb voltou a encontrar a felicidade e a oportunidade de jogar de forma regular numa liga competitiva. «Estou muito feliz aqui, muito contente com a opção que tomei. Quando cheguei queria apenas um clube onde pudesse jogar. Encontrei aqui pessoas muito simpáticas e honestas. Encontrei um treinador brilhante que fala inglês, o que me ajudou muito, porque não domino o português. Olhando para todos os detalhes, esta época não podia estar a correr melhor», destacou.

«Deixamos os adversários frustrados»

No Atlético tornou-se rapidamente numa das figuras do clube, destacando-se não só à frente da baliza, mas também no balneário onde mantém uma relação especial com todos os companheiros. Nas primeiras noves jornadas, consentiu apenas três golos. «É uma marca fantástica, temos orgulho nisso, mas também temos consciência de que só fizemos nove jogos. Para manter este nível temos de trabalhar duro e é isso que temos feito. Em termos defensivos, trabalhamos bem, somos uma equipa difícil de derrubar. Temos um estilo de jogo que não permite muitas oportunidades, deixamos os adversários frustrados. Temos de continuar concentrados, trabalhar no dia-a-dia e confiar no trabalho do treinador que tem feito um excelente trabalho», contou.

A verdade é que Caleb espera que o sucesso na Tapadinha lhe abra outras portas. «A minha ambição é chegar a um clube maior. Cheguei aqui com a ambição de poder mostrar o que posso fazer. Tenho procurado fazer o meu melhor, sei que já fui observado, pode ser que surjam convites no final da época. Já houve alguns contactos, mas deixo isso com o meu empresário. Deixo tudo nas mãos dele e fico concentrado no meu trabalho. É um grande momento para o Atlético, um grande momento para mim. Se houver um convite, depois logo vemos o que acontece», referiu ainda.

O Atlético da Tapadinha não para de surpreender no topo da Liga de Honra. O treinador João de Deus é o grande arquitecto de uma equipa que, além de não poder jogar no seu estádio, foi construída com nove jogadores emprestados por cinco clubes diferentes. A verdade é que o jovem treinador conseguiu criar um grupo forte que continua a surpreender ronda após ronda. Os adeptos já começam a sonhar com o regresso ao primeiro escalão do futebol português, mas o treinador prefere manter as expectativas baixas. Um jovem treinador com uma curta carreira que chegou à Tapadinha com a bênção¿de Rui Costa e Jorge Jesus.

João de Deus, 35 anos, começou a carreira como preparador físico no V. Setúbal e só em 2008 começou a treinar. Depois de uma primeira experiência em Cabo Verde, passou pelo Ceuta e chegou ao Farense na II Divisão B. Este ano deu o salto para a Liga de Honra e, segundo conta o presidente do clube, José Almeida Antunes, com o beneplácito de Rui Costa. Toni Pereira tinha liderado a equipa na promoção, mas no final da época deixou um vazio na equipa técnica. Almeida Antunes, recorrendo à amizade com Luís Duque, virou-se primeiro para o Sporting e José Lima, um dos técnicos da formação dos leões, esteve muito perto de ser o treinador eleito. O acordo chegou a estar formalizado, mas as notícias nos jornais deitaram tudo a perder.

Foi então que apareceu o nome de João de Deus. A curta carreira do treinador deixava algumas dúvidas, mas uma conversa com Rui Costa, director desportivo do Benfica e um telefonema de Jorge Jesus deram corpo à nova aposta. «Não sabia muito dele e perguntei ao Rui Costa que conheço desde pequenino. O Rui ligou ao Jorge Jesus a perguntar por ele e pronto. O Jesus queria-o levar para o Fátima, para acompanhar os miúdos do Benfica, mas acabou por ir o Diamantino e ele veio para aqui», conta Almeida Antunes.

João de Deus demarca-se da ligação ao Benfica. «Há uma parceria entre a instituição Atlético e a instituição Benfica, mas eu estou fora disso. O presidente já me conhecia, o director desportivo também, estiveram atentos àquilo que foi o meu desempenho no meu anterior clube e com a saída do anterior treinador criou-se um vazio», conta.

A verdade é que a aposta está a dar frutos. Ao fim de quase um terço da competição, o Atlético, que tinha como ambição apenas a manutenção, está no topo da classificação com cinco pontos de vantagem. «Está a correr bem, muito bem, mas tenho sempre dito que esta liderança pode ser circunstancial. Temos agora dois jogos em casa, mas são dois jogos contra os mais fortes candidatos à subida [Moreirense e Penafiel]. Não vamos alterar as nossas expectativas em função destes dois jogos», destacou o treinador antes do início de mais um treino na Tapadinha.

Com vinte pontos em nove jornadas, João de Deus diz que faltam apenas mais treze para o objectivo. «Aquilo que queremos é alcançar a manutenção e faltam-nos treze pontos para isso. Vamos ver quando os conseguimos fazer. Não é fácil conquistar pontos nesta liga, há muita competitividade, muita observação e análise dos adversários, toda a gente tenta enganar toda a gente. Cada ponto é extremamente difícil de conseguir», destaca.

Mas o presidente sonha mais alto e abre as portas a novos objectivos. «Eu já começo a deixar para trás a manutenção. Vinte pontos numa altura destas dão-me algum sossego. Nos próximos quatro jogos, fazemos três em casa e, se as continuarem desta forma, com alguma margem, podemos pensar de outra forma à entrada da segunda volta. Se já tivermos perto de assegurar a manutenção, contem connosco, contem mesmo connosco. Uma subida à Liga seria a sorte grande para o Atlético. Seria tudo completamente diferente com as receitas da I Liga», referiu.

Quem passar junto à Tapada da Ajuda, em Alcântara, quase por baixo da Ponte 25 de Abril, dificilmente acreditará que é ali que mora o líder da Liga de Honra. O histórico Estádio da Tapadinha está a degradar-se a olhos vistos desde que, este ano, o Atlético regressou às ligas profissionais e ficou impedido de jogar ali. O recinto já há muitos anos que não reunia condições mínimas e, sem dinheiro para remodelações, acabou por chumbar nas vistorias da liga. Agora serve apenas para os treinos do clube, que vai jogar à Reboleira, e perdeu a vida que o ainda reanimava aos fins-de-semana.

A amargura de um histórico longe de casa

O bar da dona Odete do Carmo, uma figura marcante do clube, está fechado. A pequena loja do clube, com alguns adereços antigos na montra, também já não funciona. No acesso ao relvado, o panorama é desolador, com as bancadas em visível mau estado. Enquanto houve futebol, os pequenos defeitos iam sendo corrigidos, fim-de-semana após fim-de-semana, mas agora, sem a equipa a jogar ali, o histórico recinto, um dos primeiros a ter um relvado em Portugal, está moribundo.

Fernando Martins, 51 anos, é um dos poucos que continua a acompanhar diariamente os treinos da equipa. Neto de um dos fundadores do Carcavelinhos FC, que na fusão com o União Foot-Ball Lisboa deu origem ao Atlético, vive o clube com intensidade desde que nasceu. Na juventude começou por jogar andebol «porque antes do 25 de Abril, nas escolas, só se podia jogar com as mãos», mas depois da revolução dos cravos, optou pelo futebol e chegou a integrar o último plantel do Atlético que jogou na I Divisão, há 34 anos.

Deus na Tapadinha com a bênção de Jesus

Manteve sempre uma ligação ao clube e chegou a integrar a direcção de Almeida Antunes, mas agora diz que é apenas um «sócio activo». Viu o Atlético cair na III Divisão e é com grande satisfação que vê, agora, o clube de regresso à ribalta. «É um momento giro, sobretudo para os mais antigos, para os que nunca abandonaram o Atlético. Foi o meu pai que me passou o veneno do Atlético. Já passei por isto, tenho dito que temos de manter os pés bem assentes na terra porque estamos numa boa fase, mas a qualquer momento pode acabar. Se o Atlético ficar na Honra já será uma vitória», conta quando se prepara para assistir a mais um treino.

Fernando Martins, «nascido e criado em Alcântara», lembra-se dos tempos em que o Atlético tinha quase quinze mil sócios e acredita que ainda vai voltar a ver a Tapadinha encher. «Acho que pode recuperar porque o Atlético ainda é um clube mítico, ainda arrasta muita gente. Tenho ido a todos os jogos, só não posso ir aos sábados. No último jogo, jogámos de manhã e tivemos mais de mil adeptos na Reboleira, não é para qualquer um», destaca Fernando que agora se dedica ao talho que herdou do pai.

A equipa tem conseguido bons resultados no Estádio José Gomes, a casa emprestada, mas Fernando acredita que a equipa também podia ter sucesso a jogar na sua casa. «Tenho a certeza que os jogadores queriam jogar aqui, já sabem onde é o buraco da toupeira, sabem onde está o trevo onde a bola prende mais e é o cheiro da Tapadinha. Isso é que nos faz falta, o cheiro da Tapadinha», conta.

O presidente Almeida Antunes junta-se à conversa para dar conta da sua amargura pelo Atlético não poder jogar na Tapadinha. Uma dor só comparável à construção da Ponte 25 de Abril que, em 1966, quando era ainda Ponte Salazar, obrigou muitos sócios, a maioria operários, a deixar Alcântara.

«Sinto pelos sócios. Aquilo que se viveu a 29 de Maio com a subida, aquela emoção, tem de voltar. A verdade é que o Atlético tinha muitos sócios nessa altura e a ponte levou muita gente daqui, para os Olivais, Chelas e Montijo. Os sócios que sentem o clube, que criaram o clube, foram afastados daqui. O clube morreu um bocado aí», conta.

O Atlético Clube de Portugal, histórico clube de Alcântara, vive dias de terrível angústia, dividido entre a alegria dos resultados que lhe permitem comandar a Liga de Honra e a tristeza de não poder jogar no «mítico» Estádio da Tapadinha. A direcção comandada pelo histórico José Almeida Antunes desespera por conseguir pouco mais de duzentos mil euros que lhe permitam fazer as obras impostas pela Liga e, assim, trazer a magia de volta para casa. Enquanto isso não acontece, a equipa vai festejando na Reboleira, na Amadora, deixando um enorme vazio na nostálgica Tapadinha.

«Faz-nos falta o cheiro da Tapadinha»

Almeida Antunes, há mais de trinta anos na direcção do Atlético, é o rosto desta ambiguidade. «É um momento que vivemos com felicidade e preocupação. Com felicidade pelo que está a acontecer, pela subida, um dos mais belos momentos da nossa vida, pela forma como o campeonato está a decorrer e pela prestação que a equipa está a ter, mas com uma preocupação diária no que toca à parte financeira. O problema de termos subido é não termos um estádio em condições de poder jogar aqui, o que destabilizou completamente a nossa situação financeira», conta um presidente dividido.

A 29 de Maio, Alcântara saiu à rua para festejar a subida à Liga de Honra, o maior sucesso desde que o clube entrou em declínio no final dos anos setenta, depois de ter ombreado com os grandes no principal escalão. Mas depois da festa, foi preciso fazer contas. A Tapadinha não reunia as condições mínimas impostas pela Liga. «Além da receita que perdemos, porque a Tapadinha estaria sempre bem composta, temos de pagar o aluguer do campo e temos de nos responsabilizar pela manutenção do relvado, mantendo dois funcionários do Estrela», conta o presidente.

Deus na Tapadinha com a bênção de Jesus

No Estádio José Gomes, o Atlético tem tido uma média modesta de pouco mais de quinhentos adeptos por jogo, o que não chega para pagar as muitas despesas que a Reboleira implica. «Na Tapadinha os custos do policiamento e com os bombeiros estavam combinados há muito tempo. Os bombeiros podiam utilizar a nossa piscina e também tínhamos um acordo, com custos reduzidos, com a polícia, uma vez que eles estão mesmo aqui ao lado. Na Amadora, essas despesas triplicam. Em cinco jogos voaram 15 mil euros», acrescenta o amargurado dirigente.

As vistorias da liga resultaram num relatório que obriga o clube a um investimento de mais de 200 mil euros para colocar a Tapadinha em condições. É preciso criar uma zona mista para os agentes do futebol, construir casas-de-banho para senhoras e deficientes, remodelar os gabinetes de imprensa e dos delegados da Liga, improvisar uma entrada para ambulâncias e «dar um jeitinho» nas bancadas que estão completamente degradadas. As cadeiras podem ficar para mais tarde. «Falta tudo e não falta nada. A Câmara de Lisboa (CML) dá-nos 115 mil euros, segundo um protocolo que assinámos, mas falta muito dinheiro, com a agravante de que a primeira tranche da CML, de 60 por cento, só chegar no primeiro trimestre de 2012. Estamos a tentar conseguir o resto, através de uma parceria com a EDP ou com outros parceiros para obter os cem mil que faltam para começarmos as obras. Portanto, estamos com algum cuidado em começar, porque depois vamos ter os empreiteiros a baterem-nos à porta», conta Almeida Antunes.

O presidente queria ter as obras concluída em finais de Janeiro, de forma a receber o Belenenses, já na segunda volta, na Tapadinha. Uma meta difícil de alcançar, uma vez que as obras ainda nem começaram. «O objectivo está um pouco prejudicado porque, cautelosamente, não nos queremos atirar sem ter garantias, mas mais jogo, menos jogo, será por aí. Vamos voltar à Tapadinha ainda esta época, disso podem ter a certeza. Fui aconselhado a ter um bocadinho de calma, mas vamos lá», atirou o presidente, agora mais confiante.

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